Existem os níveis leve, moderado e severo. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças classifica o autismo em três tipos.

Síndrome de Asperger

É considerado o tipo mais leve do autismo. Na Síndrome de Asperger, as crianças ficam obsessivas por um objeto ou por um assunto, podendo conversar sobre ele por muito tempo. Os meninos têm três vezes mais chance de desenvolver esse espectro. É chamado, também, de autismo de alto funcionamento, uma vez que a pessoa apresenta inteligência acima da média. No entanto, quando adultos, correm mais risco de apresentar depressão e ansiedade.

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento

Autismo um pouco mais grave. Apresenta sintomas comuns, como:
  • dificuldade no relacionamento social;
  • desenvolvimento linguístico razoável;
  • comportamentos repetitivos suaves em relação ao transtorno autista.

Transtorno Autista

As crianças apresentam sintomas mais severos, com grave obstáculo na capacidade social, cognitiva, linguística e comportamental. A criança torna-se muito dependente de seus cuidadores ou pais. Há, ainda, outros dois tipos de autismo, porém estão inseridos no Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais.

Síndrome de Rett

O comportamento das crianças com essa síndrome é similar ao de autistas. Ela costuma afetar crianças do sexo feminino, entre o sexto mês e um ano e meio de vida. Seus sintomas incluem:
  • deixar de responder socialmente;
  • contorcer as mãos repetidamente;
  • sofrer incompetências linguísticas;
  • a cabeça não desenvolve mais e diminui, ficando abaixo do normal.

Transtorno Desintegrativo da Infância

Dentro do Espectro Autista, o Transtorno Desintegrativo da Infância é o mais grave de todos, afetando duas crianças a cada 100 mil habitantes. Elas nascem e se desenvolvem normalmente até os dois e quatro anos. Após esse período, tem perda repentina das capacidades sociais, linguísticas e intelectuais, sem possibilidade de recuperação.

Como identificar o TEA?

Os pais devem prestar atenção se a criança apresentar dificuldade de comunicação, relacionamento e comportamentos repetitivos. Conheça outros sintomas de pessoas com o transtorno.

Relacionamentos sociais

Crianças com autismo entre os dois e três meses não observam rostos, vozes e sorrisos das pessoas próximas a ela, como um bebê normal. Aos oito e dez meses, demonstram falta de resposta quando alguém as chama e muito desinteresse pelas pessoas que estão ao seu lado. À medida que vão crescendo, não interagem com amigos e brincadeiras, gostam de ficar isoladas. Não interpretam gestos e expressões faciais das outras pessoas. Parecem que vivem em um mundo à parte.

Obstáculos na comunicação

Crianças com autismo têm dificuldades de balbuciar palavras quando estão aprendendo a falar e não aprendem a comunicação por gestos. Isso ocasiona atraso na linguagem, e só começam a falar anos depois de tratamento fonoaudiólogo. Ainda assim, apresentam certa dificuldade, repetindo frases ou palavras continuamente.

Comportamentos repetitivos

Outra característica é o comportamento repetitivo, como bater as mãos, balançar o corpo, organizar objetos, repetir palavras, sons e gestos. Em vez de se divertir com os brinquedos, forma filas e se irrita quando algo sai errado. O autista apresenta interesse extremo por certas coisas, sejam elas números, símbolos, assuntos, datas etc. Enquanto têm dificuldades em diversas áreas, em outras, apresenta grande facilidade.

Distúrbios do sono

Há diversas teorias relacionadas ao distúrbio do sono em crianças com autismo. Uma delas acredita que, por não entender sinais, a criança não consegue interpretar o “ritual” que antecede o momento de dormir. Outra hipótese diz respeito à produção do hormônio melatonina, que regula os ciclos de sono e vigília. Segundo pesquisas, a melatonina foi encontrada de forma alterada em autistas, não sendo liberada nas horas corretas ao longo do dia. Os níveis do hormônio de dia são altos e, à noite, baixos.
Mais uma teoria está relacionada aos estímulos externos, responsáveis por dificultar o sono ou mesmo acordar o autista de madrugada. A ansiedade é outro fator, já que crianças com o transtorno têm níveis elevados de ansiedade.

Por que vem ocorrendo maior incidência de casos?

Segundo informações da Organização Pan-Americana de Saúde da Organização Mundial da Saúde, uma entre cada 160 crianças tem autismo. Os fatores que contribuem para esse aumento ainda não são determinantes, estão em fase de estudo.
Uma das causas é a idade avançada dos pais, acima de 30 anos ou mais velhos, doenças durante a gravidez, mutações genéticas, partos antes da 37ª semana de gravidez, nascimento acima de trigêmeos e uso de remédios para epilepsias. Os fatores ambientais têm levantado suspeitas, mas não há nada conclusivo.

Quais os tratamentos mais indicados?

O TEA não tem cura, porém seus sintomas podem ser diminuídos e controlados. É possível melhorar a qualidade de vida da criança por meio de uma equipe multidisciplinar formada por médico, fisioterapeuta, psicoterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. Cada tratamento será específico para o paciente com transtorno desde leve a severo.
A alimentação também faz parte desse tratamento, uma vez que interfere nos sintomas do autismo. Evite dar leite e derivados para a criança, devido à presença da proteína caseína, e alimentos com glúten. Prefira comidas orgânicas, ricas em antioxidante e ômega 3. O tratamento deve se estender ao ambiente familiar, com a participação dos pais em todo o processo, oferecendo todo apoio que o autista necessitar.

Como é diagnosticado?

A avaliação clínica é realizada por uma equipe multidisciplinar, citada acima, pois não há exames que indiquem o TEA. Seu diagnóstico, no entanto, acontece precocemente. Assim, é possível encontrar as terapias mais adequadas para melhorar a qualidade de vida do autista e de sua família.
Entender o que é autismo e seus níveis não é tarefa fácil, mas trouxemos informações relevantes quanto ao Transtorno do Espectro Autista neste artigo, demonstrando como identificá-lo, seus tratamentos, incidência no mundo e diagnóstico.
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